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Trombose venosa profunda em cirurgia plástica

  • Autor: Fernando Amato ,
  • publicado em:

Trombose em cirurgia plástica

A trombose venosa profunda (TVP) é uma complicação potencialmente grave que pode ocorrer após uma cirurgia plástica. A TVP ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma em uma veia profunda, geralmente nas pernas, o que pode levar a complicações como embolia pulmonar, que ocorre quando o coágulo se desprende e viaja até os pulmões.

A cirurgia plástica, especialmente procedimentos que envolvem a parte inferior do corpo, como lipoaspiração, abdominoplastia e aumento de glúteos, podem aumentar o risco de TVP devido à imobilização prolongada após a cirurgia e danos aos vasos sanguíneos durante o procedimento cirúrgico.

Os sintomas da TVP incluem inchaço, dor e vermelhidão nas pernas. O diagnóstico geralmente é feito por meio de um exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada.

Para reduzir o risco de TVP em cirurgias plásticas, os cirurgiões podem prescrever medicamentos anticoagulantes para prevenir a formação de coágulos sanguíneos e orientar os pacientes a moverem as pernas e os pés com frequência para estimular a circulação sanguínea. Além disso, os pacientes podem precisar usar meias de compressão ou botas pneumáticas para melhorar a circulação sanguínea e prevenir a formação de coágulos sanguíneos.

Os pacientes também devem seguir as orientações do médico sobre repouso e atividade após a cirurgia e informar imediatamente o médico se tiverem sintomas de TVP, como inchaço, dor ou vermelhidão nas pernas. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar complicações graves da TVP.

Vídeo do Dr. Fernando Amato falando sobre trombose em cirurgia plástica

Trombose, um dos maiores riscos
e uma cirurgia. Você sabe o que

é a trombose? Eu sou doutor
Fernando Amato, sou cirurgião

plástico aqui no Instituto
Amato e hoje eu vou falar sobre

a trombose venosa profunda.
Muita gente fala dos riscos de

cirurgia plástica, tem gente
que não faz cirurgia porque tem

medo que possa acontecer
alguma coisa durante a

cirurgia, mas um dos maiores
riscos, um dos maiores

problemas que podem acontecer
numa cirurgia não é durante a

cirurgia, é depois no
pós-operatório, como é feito

esse pós-operatório é a
trombose. O que é a trombose? E

porque que ela tem tanto risco?
Porque ela é tão temida pelos

pacientes e pelos médicos,
pelos cirurgiões? A trombose é

um entupimento de um vaso ou
seja, o vaso que circula o

sangue, né? A veia, ela traz o
sangue de volta pro coração e

pode entupir uma veia, formar
um coágulo, né? E esse coágulo

vai dificultar a drenagem do
sangue, né? O sangue não

vai circular tão bem e esse
coágulo, ele pode se soltar, ir

para o pulmão e causar uma
embolia pulmonar e no caso de

uma embolia pulmonar, esse
entupimento do vaso vai

impedir que circule o sangue no
pulmão impedindo oxigenação do

sangue e aí o organismo não
consegue sobreviver sem

oxigênio, então por isso que a
trombose, ela é tão temida por

conta da trombo embolia
pulmonar, ou seja, quando o

trombo se solta e vai para os
vasos que levam o sangue pro

pulmão. Então esse é o grande
risco de uma cirurgia ou até

mesmo pode acontecer sem
ter cirurgia, tem gente que tem

fator de risco. Tem gente que
vai viajar de avião e pode ter

trombose, mas numa cirurgia,
que é o que a gente quer falar

agora, sobre a cirurgia,
o que eu mais temo numa

cirurgia é a trombose, porque
ela não acontece durante a

cirurgia, o problema não está
no intra-operatório, o problema

está no pós-operatório. A formação
do trombo geralmente

começa a se manifestar em torno
de uma semana, dez dias. Bom,

então o que que pode ser feito
pra evitar uma trombos? Esse

é o objetivo desse vídeo, esse
problema tão grave que pode

comprometer uma cirurgia,
principalmente uma cirurgia

plástica. Sem dúvida, muitas
coisas no intra-operatório

fazem diferença. Já começa com
o planejamento cirúrgico.

Então, a tem o tempo de
cirurgia como um dos fatores

principais no risco de
desenvolver a trombose. Por que

o tempo? Porque o paciente, ele
fica parado quando ele tá sob

anestesia e o sangue não
circula, então o fato

do sangue ficar parado
aumenta a chance dele formar

trombose, evoluir com uma
trombose. Então esse tempo

cirúrgico é muito importante. A
extensão da cirurgia, né? O

quanto de área que a gente tá
operando numa lipoaspiração,

abdominoplastia, mama, também é
importante porque aumenta o

estado inflamatório do paciente
do intra e do pós-operatório, também

favorecendo a formação de
trombo e também dificultando o

paciente numa deambulação
precoce. O que é a

deambulação, né? Deambular é o
paciente simplesmente andar e

por que isso é importante em um
pós-operatório? O paciente que consegue

andar, consegue movimentar o
pé, né? De uma forma que existe

uma algo que a gente chama de
bomba plantar, ou seja, o pé

faz esse movimento no chão,
facilitando que o com que o

sangue volte, que o sangue
circule na perna, evitando a

formação de trombo, né? Então,
a deambulação precoce é muito

importante. Então, pacientes
que fazem cirurgias pédicas,

por exemplo, que tem uma
limitação na movimentação, eles

também têm muito risco de
trombose e por isso é feito

alguma profilaxia pra evitar a
trombose. Então, a gente já

falou do tempo de cirurgia, da
extensão da cirurgia, da

limitação da necessidade de deambulação

precoce. No intraoperatório a
gente pode fazer uso de meias

compressivas e deixar isso
no pós-operatório, porque as

meias compressivas evitam que o
sangue fique parado, então o paciente

parado com uma meia anti-trombo,
né? Elas têm até esse nome:

anti-trombo, elas dificultam
com que o sangue fique parado,

que forme o trombo. Então, a
meia anti-trombo é uma medida

simples e fundamental em uma
cirurgia que tenha maior risco

de formação de trombos. Também
em uma cirurgia é possível, quando

a gente prevê, quando a gente
faz o planejamento e sabe que a

cirurgia vai demorar mais
tempo, a gente pode usar a bota

pneumática. E o que é essa
bota pneumática? A bota

pneumática, ela é uma bota
que fica enchendo, esvaziando

para fazer essa movimentação na
perna, então isso facilita com

que o sangue circule na perna
enquanto o paciente tá parado

durante a cirurgia e às vezes é
possível até deixar essa bota

pneumática no pós-operatório
quando a paciente tá no quarto,

quando ela não começou a andar,
exatamente pra ficar

movimentando o sangue. Muitas vezes
o paciente pode até fazer uma

fisioterapia motora no
pós-operatório exatamente pra

movimentar o pé, algus
movimentos com o pé assim mesmo

que o paciente não possa andar
ajudam e facilitam com que o

sangue circule. Então a gente
já falou algumas medidas muito

importantes e tem as medidas
medicamentosas, né? Tem as

heparinas, né? Que são usadas
já há muito tempo, tem a

eparina de baixo peso
molecular, muito conhecido,

nome comercial clexane, mas tem outros,
né? E a vantagem deles é que

eles têm um efeito, deixar o
sangue com menos chance de

formar os coágulos, também tem
a desvantagem da heparina que

ela precisa ser injetável, isso
os pacientes tem muita

dificuldade porque às vezes
eles têm medo de fazer a

injeção em casa, não tem ajuda,
tem medo, isso é uma

dificuldade do paciente, mas é
importante. Eu pessoalmente

prefiro clexane do que os medicamentos
orais, porque as heparinas, elas têm

um efeito anti-inflamatório no
vaso, eu acredito que elas têm

uma vantagem maior, mas existem
medicamentos supermodernos que

podem ser usados via oral, mas
eles não tão bem liberados para

profilaxia, eles muitas vezes
são pra anticoagular, ou seja,

alguém que já teve trombose,
eles podem usar esses

medicamentos via oral, então
existe uma certa dificuldade

nossa como cirurgião plástico, né?
Eles não são liberados pra procedimentos

em plástica, porque os casos que
fizeram trabalhos tiveram mais

complicações como hematoma,
então é um risco que quando a

gente começa a usar esses
medicamentos, avaliar o risco

de usar esse medicamento, então
não se aplica pra todos os

pacientes e precisa ser
conversado com o médico, ver se

vale a pena naquele caso, se
vai ter uma limitação de

movimentação e qual o tempo que
será usado esse medicamento. Eu

acho importante que tem outras
medidas que podem ser feitas,

acho que é uma hidratação no
pré-operatório também,

importante que o anestesista
pode fazer também no

intra-operatório,
pré-operatório quando se

interna, no intra-operatório,
isso também deixa o sangue mais

fluido e tem menos chances de
de formar os coágulos. Então,

esses são os principais
maneiras de prevenir a formação

de trombo. Vale a pena lembrar
que a trombose não é somente

nas pernas, elas podem
acontecer em qualquer vaso e

então pode ser no braço, então de
repente tem uma compressão local,

alguém fica apoiado em cima do
braço no paciente, isso seria

um risco também. Quem que tem
mais risco, né? E a gente tem

que saber disso, paciente tem
história pessoal, já teve

trombose, esse paciente tem
história familiar, às vezes

pode ter uma questão genética e
maior risco de formação de

trombose, tem pacientes que faz
uso de hormônio, alguma

reposição hormonal ou mesmo
anticoncepcional pode aumentar

o risco de trombose, quem tem
algum câncer, né? Uma neoplasia,

obesidade. Então, tem várias
condições que a gente pode usar

de critério pra até mesmo
indicar uma profilaxia, né, a

prevenção com algum uso desses
medicamentos ou essas outras

medidas que eu já mencionei.
Então, basicamente o que eu

queria trazer pra vocês é
exatamente isso, esse tema de

trombose, trombose venosa
profunda, tromboembolismo

pulmonar. Se algo não ficou tão
claro aqui, por favor, deixe no

comentário, pode tirar suas dúvidas, pode
contar sua história se quiser,

mas por favor não deixe de
curtir e se inscrever no

canal e por favor compartilhe
com alguém que vai fazer uma

cirurgia e tem medo de uma
cirurgia. Muito obrigado!

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Dr. Fernando Amato

Cirurgião Plástico CRM/SP 133826