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Silicone e os mitos que rondam em torno dele

Na década de 80, a cirurgia plástica passou por grande revolução ao descobrirem que o silicone podia ser usado como alternativa para reconstrução mamária em mulheres.

Nos anos 90, a prótese de silicone ganha holofotes e se torna o grande aliado da auto estima, já que começou a ser usado com finalidade estética para valorizar o corpo feminino. Mas, com tudo isso, vieram as fake news que, até hoje espalham informações erradas sobre silicone e mama.

Para desmistificar o que gira em torno do assunto, eu a Dra. Priscila Beatriz Oliveros, mastologista da minha equipe e membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, respondemos às principais dúvidas sobre prótese de silicone.

A prótese de silicone tem prazo de validade.

MITO – Não existe prazo definido para a troca do implante mamário, ainda mais porque, com o passar dos anos, o material foi sendo aperfeiçoado e hoje o segmento conta com material de ótima qualidade.

 

A prótese de silicone pode romper no momento da mamografia ou esconder possíveis nódulos.

MITO – O implante não impede a mamografia, exame que deve ser realizado anualmente após os 40 anos de idade. No momento da colocação do silicone, é colocada uma posição extra chamada de Eklund para mobilizar o implante, o que possibilita uma melhor visualização do tecido mamário

 

A prótese de silicone pode ser indicada na reconstrução mamária.

VERDADE – Pode ser indicada, mas não é obrigatória a sua utilização. Essa decisão depende do formato das mamas da paciente, do seu desejo e do seu estado clínico, além da relação de confiança entre ela e o seu médico.

 

Existem várias técnicas que podem ser feitas na reconstrução mamária.

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VERDADE – Algumas delas são:

– Reconstrução com implante de prótese de silicone;

– Reconstrução com o músculo grande dorsal (localizado nas costas) e implante de silicone;

– Reconstrução com expansor mamário, com o objetivo de preparar e estender os tecidos para o recebimento da prótese de silicone;

– Reconstrução com enxerto de gordura retirada do abdômen ou coxas através de uma lipoaspiração;

– Reconstrução do mamilo e da aréola para que a mama reconstruída se pareça o mais possível com a mama original.

 

O silicone não pode ser colocado no momento da mastectomia.

DEPENDE – Antes de tudo, é preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente, nos em casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.

Se durante a mastectomia for necessária a retirada de uma quantidade maior de pele, é preciso que a paciente use um expansor mamário, espécie de uma bexiga de silicone que é colocada durante a cirurgia de mastectomia debaixo do músculo peitoral para que, depois de cicatrizada a cirurgia, seja realizado o enchimento com soro fisiológico, durante os retornos ambulatoriais, até se atingir o volume desejado. Esse processo permite que a pele ganhe uma elasticidade para – então – ser possível realizar uma cirurgia para trocar o expansor por uma prótese de silicone.

 

As próteses impedem que as mamas caiam com o tempo.

MITO – Muitos fatores interferem para que as mamas caiam com o tempo como a elasticidade da pele, o peso da glândula mamária e, quando se tem prótese de silicone, o peso do implante também pode interferir.

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A mulher com silicone pode ter problemas no momento de amamentar.

NORMALMENTE não interfere. Isso porque o implante fica abaixo da glândula ou até embaixo da musculatura peitoral. Durante a colocação, quase não ocorre trauma na glândula mamária.

 

A prótese de silicone tira a sensibilidade das mamas ao toque.

MITO – Não interfere na sensibilidade, mas dependerá da cirurgia realizada nas mamas. Se a prótese for muito grande, pode acontecer, mas a sensibilidade costuma voltar em algumas semanas.

 

*Dr. Fernando Amato é médico cirurgião plástico, membro titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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Dr. Fernando Amato

Dr. Fernando Amato

Cirurgião Plástico CRM/SP 133826