Mama Tuberosa. Descubra como identificar e tratar essa condição mamária rara que pode afetar profundamente a autoestima.
O que é, causas e como corrigir cirurgicamente
Introdução
A mama tuberosa, também chamada então de mama tubular, é uma malformação congênita causada pela formação anômala da glândula mamária. Assim, caracteriza-se por uma base estreita, hipoplasia do parênquima e anormal elevação do sulco inframamário, frequentemente associada à herniação do tecido mamário pela aréola. Essa condição contudo pode ocorrer de forma unilateral ou bilateral, com graus variados de severidade, configurando um dos maiores desafios em cirurgia mamária estética e reconstrutora.
💡 Principais destaques
- 🧠 Malformação congênita com base mamária estreita
- 🩺 Avaliação clínica precisa e definição de grau (I–III)
- 🧩 Técnicas cirúrgicas específicas para cada caso
- 👩⚕️ Impacto psicológico significativo na adolescência
- 🔄 Resultados duradouros com planejamento adequado
1. Definição e Características
A mama tuberosa é descrita como resultado de crescimento glandular concentrado em direção ao polo subareolar. Isso causa então um aumento no diâmetro da aréola e exposição acentuada do tecido mamário, conferindo à mama formato tubular. A malformação costuma ser subdiagnosticada nos estágios leves, mas torna-se evidente na puberdade ou no desenvolvimento mamário – quando a paciente busca tratamento antes ou logo após os 18 anos.
2. Etiologia e Patogênese
A origem exata da mama tuberosa contudo ainda é pouco compreendida. A hipótese mais aceita aponta para:
- Contração anômala da fáscia do tecido mamário, que impede assim o crescimento normal do polo inferior e base mamária.
- Formação de “bandas fibrosas” que restringem o desenvolvimento glandular lateral e inferior.
- Observações cirúrgicas demonstram portanto que incisões radiais na fáscia liberam essas áreas, permitindo expansão adequada do tecido
São necessários então estudos anatômicos e moleculares adicionais para esclarecer possíveis causas genéticas ou ambientais.
3. Anatomia e Avaliação Clínica
As principais manifestações clínicas incluem:
- Base mamária estreita
- Sulco inframamário alto e restrito
- Hipoplasia do quadrante inferior
- Herniação do tecido mamário pela aréola
A assimetria mamária costuma então ser evidente e acende a busca por correção. O exame clínico deve avaliar:
- Forma da base mamária (diâmetro)
- Altura e posição do sulco
- Volume e projeção da mama
- Diâmetro e projeção da aréola
- Presença de bandas fibrosas
Além disso, a avaliação tridimensional por imagem contribui para plano cirúrgico preciso.
4. Classificação da Deformidade
4.1 Classificação von Heimburg
- Grau I: Hipoplasia no quadrante inferomedial
- Grau II: Ambos os quadrantes inferiores comprometidos
- Grau III: Envolvimento de toda a mama
4.2 Classificação de Grolleau
- Tipo I: Hipoplasia moderada em quadrante inferior medial
- Tipo II: Hipoplasia nos quadrantes inferiores
- Tipo III: Hipoplasia global
4.3 Algoritmo de Hammond
- Constrição leve
- Constrição com hiperplasia
- Hipoplasia unilateral
- Síndrome de Poland associada
- Forma grave com herniação
Essas classificações ajudam a planejar tecnicamente o procedimento, mas o exame clínico individualizado faz a diferença.
5. Impacto Psicossocial
A puberdade porém, é fase crítica para a identidade corporal. Assim, o formato tubular, aréolas dilatadas e assimetria acentuada podem gerar:
- Transtorno de imagem corporal
- Sentimentos de inadequação e isolamento social
- Dificuldades na sexualidade e relacionamento
A correção, especialmente em pacientes com ≥14 anos, promove melhora da autoestima, desde que técnicas menos invasivas sejam priorizadas nesse público.
6. Avaliação Pré-operatória
Antes da cirurgia, são fundamentais:
- Anamnese: histórico clínico, expectativas e garantia de cobertura (convênio)
- Exame físico: medição da base, avaliação do sulco e tecido fibroso
- Fotografias padronizadas: frontal, perfil e oblíquas
- Imagem 3D: quantificação volumétrica e simulações
- Plano cirúrgico: escolha entre implante direto ou expansor, número de tempos e cicatrizes
Assim, o esclarecimento sobre custos, estágios operatórios e possíveis limitações garante confiança.
7. Planejamento Cirúrgico: Implante vs Expansor
Para deformidades leves (Grau I), o implante direto, após liberação fascial, costuma assim ser suficiente. Porém, já em deformidades moderadas a graves (Grau II/III), o uso de expansor tecidual é recomendado para acomodar o implante no polo inferior e promover simetria adequada.
8. Técnicas Cirúrgicas
8.1 Liberação de Fáscia (Tethering)
Incisões radiais no polo inferior para assim romper bandas fibrosas e expandir o tecido mamário.
8.2 Mastopexia Periareolar (“round-block”)
Corrige então a herniação pela aréola, reduzindo seu diâmetro e reposicionando o complexo aréolo-papilar.
8.3 Técnica SPAIR
Porém, em casos de macromastia + constrição, aplica-se redução mamária com pedículo inferior, plicatura interna e redução areolar.
8.4 Expansor em Hipoplasia Unilateral
Expansor subcutâneo usado então em adolescentes para compensar o crescimento mamário e, depois, trocado por implante permanente.
8.5 Correção nas Formas Graves
Tratamento em dois tempos:
- Expansão tecidual + incisões radiais + mastopexia
- Substituição assim por implante permanente ou TRAM flap em casos complexos
9. Técnicas Autólogas
Em pacientes que contudo evitam implantes ou têm pele fina, retalhos e enxertos autólogos são excelentes opções:
- Flap miocutâneo peitoral ou TRAM delipo
- Flap torácico inferior para sustentar o polo superior e evitar ptose
- Lipoenxertia (enxerto de gordura)
Essas técnicas usam então o próprio tecido para melhorar forma e projeção.
10. Complicações e Riscos
As principais complicações incluem:
- Assimetria persistente
- Visibilidade ou palpabilidade do implante
- Cicatrizes largas (aréola/vertical)
- Necrose da aréola (em pedículos extensos)
- Infecção ou deiscência de sutura
Educar o paciente sobre resultados realistas e riscos aumenta a satisfação.
11. Resultados e Satisfação
Estudos demonstram que:
- Técnicas bem planejadas (liberação fascial + implante/expansor) proporcionam resultados estáveis
- Satisfação a longo prazo é alta
- Recidivas são raras quando utilizada expansão tecidual completa
12. Sugestões de Leitura
- Atiyeh BS et al. Pernipple round-block technique… Aesthet Plast Surg 1998
- Grolleau JL et al. Breast base anomalies… Plast Reconstr Surg 1999
- Rees TD, Aston SJ. The tuberous breast. Clin Plast Surg 1976
- Hoffmann S. Two-stage correction… Plast Reconstr Surg 1982
- von Heimburg D et al. The tuberous breast deformity… Br J Plast Surg 1996
13. Conclusão
Em resumo, a mama tuberosa exige diagnóstico precoce, classificação adequada e escolha personalizada de técnica. O uso então de liberação fascial, mastopexia, expansores ou retalhos oferece soluções eficazes para correção da forma e volume, com resultados que trazem bem-estar físico e emocional. Portanto, o acompanhamento multidisciplinar e esclarecimento pré-operatório são essenciais para o sucesso.
FAQ
Pergunta 1: O que causa a mama tuberosa?
Resposta: Acredita-se que assim seja por contração anômala da fáscia mamária, que impede o crescimento normal do polo inferior.
Pergunta 2: Como saber se minha mama é tuberosa?
Resposta: Avaliar então base estreita, sulco alto, aréola dilatada e herniação do tecido por imagem e exame clínico.
Pergunta 3: Quando operar a correção da mama tuberosa?
Resposta: Adolescentes a partir de 14 anos podem ser operadas, especialmente em casos psicossociais.
Pergunta 4: A cirurgia é feita em um ou dois tempos?
Resposta: Depende da gravidade; casos leves normalmente em tempo único, graves em dois tempos com expansor.
Pergunta 5: Dá para corrigir sem implante?
Resposta: Sim, com técnicas autólogas como TRAM ou flaps locais em pacientes adequadas.
Pergunta 6: Quais riscos da cirurgia?
Resposta: Assimetria, cicatrizes, necrose, infecção e palpabilidade do implante são os principais.
Pergunta 7: Os resultados duram a vida toda?
Resposta: Sim, com técnica bem conduzida; flutuações podem ocorrer com envelhecimento ou gravidez.
Pergunta 8: A mãe tuberosa pode prejudicar amamentação?
Resposta: Pode ter impacto leve, mas muitas mulheres amamentam normalmente após correção.
Pergunta 9: O convênio cobre essa cirurgia?
Resposta: Depende do plano e justificativa. Cirurgias estéticas muitas vezes não são cobertas.
Pergunta 10: Quanto tempo leva a recuperação?
Resposta: O retorno às atividades diárias é possível em 1–2 semanas; atividades intensas em 4–6 semanas.


