Silicone para tratar cicatriz, funciona?
As fitas de gel de silicone e o gel de silicone são conhecidos por sua eficácia na redução de cicatrizes e outras propriedades semioclusivas. Estes agentes trabalham através da oclusão, que se baseia na impedância do processo químico de absorção, calor ou pressão. Além disso, o silicone gel tem a capacidade de diminuir as citocines IL-1, TNF, IL-8 e Cox-2, entre outras.
A aplicação de gel de silicone em cicatrizes agudas com uma barreira de água epitelial deficiente devido a um estrato córneo imaturo resulta na diminuição da perda de água . Isso evita o aumento da concentração de sódio, que de outra forma resultaria em uma via de transdução de sinal mediada pelo Na (sódio) que inclui a ativação de diversos genes e citocinas, como TGFB. Embora outros tratamentos oclusivos também sejam eficazes, é importante notar que a oclusão completa pode resultar em hidratação excessiva e impactos negativos nos níveis bacterianos da superfície, além de mudanças indesejáveis no epitélio.
O uso de silicone gel por 12 horas é eficaz na diminuição do eritema e no achatamento de cicatrizes, mas o uso por 24 horas pode causar maceração e ser pouco tolerado. A evidência sugere que o silicone gel é eficaz na preservação e tratamento de cicatrizes imaturas, mas não tem efeito em cicatrizes maduras que já tenham passado pelo processo de maturação por um ano sem apresentar eritema.
O creme de silicone deve ser aplicado pelo menos duas vezes ao dia. Em diversos estudos, o silicone gel foi mostrado para reduzir significativamente vários atributos de cicatriz, incluindo pigmentação, vascularização, maleabilidade, altura e sintomas de dor e coceira.
Em resumo, o uso de fitas de gel de silicone e creme de silicone tem uma história de quase 40 anos, com uso clínico generalizado há cerca de 20 anos. Estudos têm encontrado que as propriedades semioclusivas do gel de silicone têm um atrativo mecanismo de ação, normalizando a perda de água transepidérmica em cicatrizes com função de barreira do estrato córneo deficiente, através dos canais de sódio na membrana celular.
